Alguns meses atrás, um amigo me perguntou:
— Marketing de conteúdo morreu? Agora tudo é dancinha?
Até o momento, quando pesquisamos algo no Google, ainda não somos respondidos por uma dancinha.
Mas essa dúvida resume perfeitamente uma grande aflição de qualquer criador de conteúdo mais adepto a textos, que vídeos.
Se você tem costume de usar o Instagram, tenho certeza que já viu uma série de desabafos sobre o assunto, como se a rede do Tio Zuck estivesse matando os textos para priorizar vídeos.
A grande verdade é que a forma de consumir conteúdo mudou mais uma vez nos últimos anos e a rede do momento é o TikTok.
Não é a toa que, hoje, temos pelo menos outras três grandes plataformas que já se adaptaram para comportar vídeos nesse formato (Instagram, YouTube e Pinterest).
Além do Kwai, que também vem ganhando espaço no Brasil, e do mais recente Peixe 30.
E não me espantaria se o LinkedIn decidisse criar sua própria versão, apesar dele já comportar os vídeos curtos no feed.
Uma coisa é fato: se você quer criar conteúdo e crescer sua audiência mais rápido, o formato em vídeos de menos de um minuto é imbatível.
Além das 7 opções de plataformas para compartilhar seus conteúdos, a entrega também é maior.
Há uma semana, postei meu primeiro vídeo no TikTok com menos de 10 seguidores e ele alcançou mais de 600 pessoas. E olha que, para os padrões da rede, essa é uma performance fraca e não chega nem perto de um “viral”.
— Mas e o texto? Onde ele entra nessa história?
Esse é o ponto em que muitas pessoas mais adeptas à escrita romantizam um pouco a história e acusam o novo formato do momento de matar os textos.
E aqui, não podemos esquecer que essas redes sociais são grandes negócios e, no fim das contas, seus donos não estão preocupados com o formato ou a qualidade dos conteúdos.
Se as pessoas passaram a consumir muitos vídeos curtos e estão migrando para o TikTok, a solução é óbvia: criar uma versão interna do TikTok em cada uma delas.
Mas isso não quer dizer que o texto ou a leitura morreram.
A grande mudança é que, na era do consumo acelerado, a maioria das pessoas ama a sensação de ter adquirido um conhecimento. Mas detestam o processo para adquiri-lo.
Para facilitar o processo que os vídeos costumam entrar.
Se você analisar grandes canais do YouTube, vários atuam basicamente lendo notícias de uma forma mais mastigada para o público.
E um detalhe curioso é: se você criar algo valioso e digno de se compartilhar em um formato mais longo, é bem provável que alguém faça uma adaptação em vídeo.
Para praticamente todo vídeo curto, ainda tem um texto por trás e acredito que sempre terá.
E se soubermos trabalhar bem, os vídeos de menos de um minuto podem ser a porta de entrada perfeita para novas pessoas conhecerem nossos trabalhos.
Os TikTokers marcando presença na Bienal de 2022 que o digam.
— Quer dizer então que eu preciso estar no TikTok?
Precisar, não.
Só tome cuidado para não criar uma dicotomia entre textos e vídeos curtos, como se você precisasse escolher somente um formato.
E se você é do time “o texto morreu”, tenho uma má notícia: você acabou de ler mais de 500 palavras e acabou de ressuscitá-lo.
Agora, fica a pergunta: será que vale criar uma versão dessa discussão em vídeo? 😅
A era TikToker já chegou pra mim
Convidado pelo próprio TikTok, comecei a criar conteúdos por lá!
O que vou postar?
Ainda tô descobrindo melhor e fazendo vários testes.
Mas pode apostar que você vai ver bastante sobre comunicação, escrita criativa, storytelling, LinkedIn e marca pessoal.
Numa pegada mais dinâmica e com mais pitadas de Cultura Pop.
Só não espere ver dancinhas por lá, porque essa nunca foi minha praia. 😂
Uma agulha no palheiro
“Do medo à admiração: como um desafio na escola transformou meu olhar sobre a poesia”, por Ana Luisa Hernandes
Uma história extremamente pessoal vivida pela Ana, mas que qualquer pessoa apaixonada pela escrita ou por alguma arte pode se identificar.
Sobre um de seus primeiros contatos com a poesia, o medo durante o processo e como isso evoluiu para se tornar paixão.
Esse é o exemplo perfeito de texto que me inspirou a criar a seção “agulha no palheiro” aqui na news.
Como assim "Uma agulha no palheiro"?
É muito comum vermos criadores de conteúdo reclamando do alcance e da qualidade dos conteúdos no LinkedIn. Então, procuro trazer essa seção para a Newsletter sempre que possível — compartilhando um conteúdo que seja uma verdadeira agulha no palheiro.
Um abraço e até a próxima,
Por essa eu realmente não esperava, Dimi. Caramba! Não sei nem o que dizer...
Na verdade, sei sim: OBRIGADA por me tirar do casulo e me permitir virar borboleta ✨.
Ser recomendada na sua news, tendo você como uma das grandes referências nesse meu momento de escrita e jornada, é uma honra sem tamanho.
Gratidão, mestre! Esse é só o começo 🙌