Edições anteriores da Escreva sua Marca:
Calças jeans, calanques e caminhos inusitados
O início (fim?) de uma era
Essa newsletter tem dois perfis de público diferentes.
Um lado tá aqui pelas histórias mais pessoais e para saber dos bastidores dos bastidores. O outro veio para aprender sobre escrita, storytelling, conteúdo e LinkedIn.
Enquanto uma parcela torce o nariz quando conto sobre uma trilha pelas calanques de calça jeans, a outra revira os olhos quando vê uma edição sobre ChatGPT.
Hoje, tem sério risco de eu conseguir a proeza de desagradar os dois lados.
E preciso admitir: posts e textos me vendendo são os que mais detesto fazer e costumam me consumir uma energia enorme.
Em 2019, ao abrir inscrições da 1ª turma do curso de Escrita Criativa e Storytelling, evitei ao máximo divulgar no LinkedIn e insisti bastante na ideia de divulgar apenas para os assinantes da newsletter — que não se chamava Escreva sua Marca e usava outra ferramenta, mas já existia desde então.
Até que, numa manhã, logo após sair do barbeiro e no trajeto para o trabalho CLT, decidi chutar o balde com medo da repercussão e crente no pior cenário possível.
Tinha tanta certeza que não venderia nenhuma vaga e seria taxado como picareta vendendo curso, que fiz o post transparecendo essa insegurança e só voltei para ver a repercussão depois do almoço.
Para minha surpresa, não encontrei ninguém que tentasse me cancelar.
Mas encontrei pessoas interessadas no curso e, depois daquela divulgação, não demorou para fechar as inscrições da turma 1.
Parte dessa dificuldade tem a ver com síndrome do impostor, mas acredito que isso está cada vez melhor resolvido.
E tá mais ligado ainda à repulsa que tenho com textos que erram a mão na autopromoção e parecem ter mais “eus” do que vírgulas.
Quando me deparo com conteúdos assim, duas imagens costumam vir à minha mente. A primeira é autoexplicativa.
A segunda é o clássico carro de som da pamonha que passa pelas ruas gritando sobre o próprio produto, na esperança de nos tirar de casa para comprar.
Pelo menos, o carro da pamonha às vezes aparece com alguns jingles engraçadinhos e foca em falar mais do próprio produto.
Imagine, agora, se fosse o próprio cozinheiro gritando por aí que ele é o melhor da cidade e que ele já atendeu o dono da cobertura do maior prédio da rua, quase se esquecendo de falar que vende pamonha.
Não sei você, mas, quando um texto erra a mão na autopromoção, essa é a sensação que me passa.
Pode funcionar e fazer sentido para muita gente.
Para mim, é uma autoprojeção artificial demais. Como se a pessoa precisasse se colocar nos holofotes em um palco o tempo inteiro, para poder falar de cima para baixo.
E muitas vezes, esse palco não passa de uma ilusão — às vezes, um holograma bem sofisticado e outras vezes, um truque bem barato.
Acredito, sim, que tem o momento certo de falar sobre sua experiência e dar suas carteiradas. Só não precisa ser logo na primeira linha e, menos ainda, a cada oportunidade de dizer algo.
Nunca ouvi falar de uma criança que sonhava ir ao zoológico ver um leão que apenas lambe as próprias bolas.
Então, precisei encontrar formas alternativas de me vender e divulgar meu trabalho.
Em vez de me enaltecer por uma palestra para 800 pessoas, prefiro te contar sobre todo o processo que me permitiu subir naquele palco menos preocupado das coisas darem errado.
Em vez de apenas falar de um produto e do quanto minha experiência de 5 anos com o LinkedIn me ajudaram a criá-lo, prefiro te contar sobre as cagadas da primeira versão e do que fiz para corrigi-las.
Em vez de ostentar métricas de um post que alcançou quase 3 milhões de pessoas, prefiro falar sobre o que números como esse não contam. Eles ficam lindos num palco, mas já tive conteúdos com 20 curtidas que me trouxeram melhores resultados.
Em vez de ditar regras e apenas dizer o que você deveria fazer, prefiro sempre praticar aquilo que digo. Numa era em que as pessoas estão dispostas a gritar e fazer qualquer coisa para viralizar, isso pode fazer alguma diferença.
O ponto principal é que não adianta nada ser o melhor segredo da cidade e saber se vender é preciso — mesmo que de uma forma alternativa que faça mais sentido para você.
Muitas vezes, a pessoa que precisa do seu trabalho não chegou até você ainda apenas porque você não permitiu que ela te descobrisse.
Você sabe se vender bem?
Como sempre, toda novidade chega primeiro aqui na sua caixa de entrada.
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Decidi abrir 5 vagas para consultoria individual, onde você terá minha atenção totalmente voltada para você, seu negócio e seu posicionamento no LinkedIn por uma hora e meia.
Como sempre, o valor que defini foi um “preço de estreia”, já pensando em subi-lo nas próximas rodadas.
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Agora, vem a carteirada especial para você que, talvez, acredite que eu não conseguiria te ajudar.
Desde 2018, meu principal canal é o LinkedIn e vivenciei a plataforma em 360º.
Abri muitas portas e conquistei muitas oportunidades graças ao meu posicionamento por lá desde então.
Na virada de 2017 para 2018, mudei de carreira e conquistei um cargo na maior empresa de Marketing de Conteúdo na América Latina graças a uma vaga que encontrei no LinkedIn.
Por 3 anos, até pedir demissão e me tornar autônomo em janeiro de 2021, trabalhei na plataforma usando meu tempo livre como CLT e, quando era Analista de Marketing Pleno, fui reconhecido como uma das 25 vozes mais relevantes em 2019.
Fui contratado por grandes marcas, me tornei palestrante, mentorei centenas de alunos e fundei a 1ª agência especializada em Business Influencers e ações dentro do LinkedIn, a Gombo.
No último ano, trabalhei nos bastidores de campanhas para grandes marcas como TikTok, Caju, Cambly e Alice, e também trabalhei ao lado de vários dos maiores influenciadores do LinkedIn.
Muitas vezes, um pequeno ajuste de rota pode fazer toda a diferença na sua estratégia e a consultoria é exatamente para isso.
Nos falamos em breve?
1. Querer pertencer a todo custo pode ser o melhor caminho para a frustração e a Mari Santa Ritta escreveu um ótimo texto falando exatamente sobre isso. [Leia aqui]
2. O sucateamento da Creator Economy é um problema sério que todos os criadores de conteúdo precisam se unir contra. Quando um criador fecha um negócio em que ele sai prejudicado, é como se a régua de todo o mercado fosse puxada para baixo. Por isso, expor situações abusivas como a Verônica Oliveira fez é fundamental para ajudar a abrir os olhos das marcas. [Confira aqui]
3. Na última semana, palestrei no Plug Social Day em Belo Horizonte e adorei a forma como a Maysa Carvalho e a Giovanna Amorim falaram sobre suas experiências com o evento no LinkedIn. [Leia o post da Maysa aqui e o da Giovanna, aqui]
4. Se quiser conferir meu post sobre a palestra, você vai ver que esse flertou bastante com a autopromoção que me incomoda, mas direcionei o foco para a experiência das pessoas e pro meu maior objetivo por trás daquela palestra. [Leia aqui]
Um abraço e até breve,
O tanto que amei esse texto não cabe em um comentário!
Arrisco dizer que faço parte dos dois públicos que você listou e não acabei decepcionada haha.
Ao longo do texto, lembrei de várias pessoas que vivem fazendo posts "vendendo a alma". Inclusive pessoas que alcançam muitos resultados fazendo isso. Mesmo assim, acho que não vale a pena.
Um exemplo que vejo bastante no linkedin é "olha o quanto consegui cobrar pra escrever o texto X". Entendo a pessoa fazer isso uma vez, para inspirar, dar orientações de precificação etc. Mas fazer sempre... Acho demais!
Arrasou, Dimi!
Caraca! Preciso confessar que vi um Dimitri mais "giving the middle finger" aqui nessa news e olha... curti! Especialmente com essa foto abusada do leão que você colocou 😅.
As analogias também, arrasou muito. Veio inspirado nesse texto 😊.
Sobre o CTAzão esperto no final: 👏🏻👏🏻