Edições anteriores da Escreva sua Marca:
Uma piada ruim ou uma carta na manga?
Por onde você andou? Um ano peculiar
Enquanto estava de férias em Curitiba, te contei por aqui sobre uma transição que aconteceria ainda em 2023.
Meu primeiro post pós-férias jogou essa novidade pro mundo: decidi dar adeus ao projeto que dediquei a maior parte do meu tempo e energia nos últimos um ano e sete meses, também conhecido como Gombo.
Por mais que as negociações para encerrar a sociedade com o Erih Carneiro estejam amigáveis, não vou iludir ninguém.
Esse processo é de luto, por me despedir de tanto trabalho e energia investidos num lugar que, com o tempo, deixou de fazer sentido.
Também é de divórcio, pelo fim da sociedade e por todas as tratativas e burocracias envolvidas — acredite, não são poucas.
É de ansiedade, por mudar bastante a direção que estava caminhando e olhar para frente um pouco mais incerto, sem um sócio ou uma equipe para trabalhar juntos.
Mas também é de muitas expectativas e alívio, pelo que está por vir e pelo foco que vou recuperar para investir no meu lado mais criativo.
Que sempre foi o que sei fazer de melhor.
Não sei se você sabe, mas a Gombo começou a nascer de uma proposta de publi que recebi em 2021. Como não tinha muita noção para precificar, conversei com o Erih e ele assumiu a negociação.
Olhando para trás, o caminho de seguir com essa relação talvez seria melhor. Dizer isso em voz alta pode parecer injusto comigo, com meu sócio e até mesmo com as pessoas que agenciamos.
Mas convenhamos, entre os Gombers que me conhecem mais de perto, aposto que, no fundo, cada um sabia que eu não nasci para agenciar outros criadores. Eu também sabia disso e acredito que meu sócio também.
Porém, sempre vi muito potencial e acreditei demais na construção da Gombo. Por isso, foi uma decisão tão difícil.
Até que percebi que uma escolha era inevitável.
Por muito tempo, estive equilibrando pratos no meu limite, enquanto observava outros pratos que gostaria de acrescentar ao malabarismo descansarem.
Trabalhar assim é conviver com o burnout batendo à porta e com a ansiedade como uma colega que tá sempre perguntando quando você vai acrescentar os pratos que faltam.
Não dá para seguir assim por tanto tempo e alguns episódios foram cruciais para me ajudar a tomar essa decisão.
Um deles foi o meu perfil do LinkedIn hackeado.
Naquele momento, várias pessoas do círculo da Gombo me ajudaram e sou grato a cada uma, mas quem chegou de voadora nas divulgações para me dar uma mão para recuperar meu perfil foi a comunidade do Dimitri escritor e criador.
Não teve comparação alguma.
Por mais que não tenha me influenciado de forma racional, ficou nítido qual era o lugar onde eu realmente pertencia.
E a angústia por apostar a maioria das minhas fichas nas personalidades estrategista e empresário foi aumentando.
Até que entendi que não queria mais conviver com uma das personalidades que tanto nutri nos últimos meses: adeus, Dimitri empresário — e o processo de luto ganha uma nova faceta de enterrá-lo.
Tenho uma espécie de trato comigo mesmo desde os tempos de CLT.
Como profissional criativo, na maioria das vezes, meu trabalho começa de verdade quando a reunião termina.
Então, quando passo mais tempo em reuniões do que executando minhas ideias, é hora de ligar o alerta vermelho.
2023, de certo modo, me parece uma longa reunião que se estendeu demais — e se estendeu tanto, que precisei pedir licença para sair mais cedo.
Agora, é hora de ajeitar as burocracias necessárias, viver o divórcio, o luto e, aos poucos, revisitar com carinho cada um dos projetos que estavam acumulando poeira na estante.
Em maio, escrevi uma edição sobre contemplar o caos e a síndrome do “vem aí”. Naquela edição, contei que tinha 21 projetos em aberto, além do meu trabalho do dia a dia.
Alguns deles ganharam vida, mas não todos.
Quem sabe não dá tempo de riscar mais alguns da lista ainda esse ano?
A paz de aprender a contemplar o caos (e a Síndrome do “Vem Aí”)
Numa das melhores edições da newsletter de 2023 na minha opinião, eu falava que existe paz em aprender a contemplar o caos.
Esse raciocínio não poderia se encaixar melhor com meu momento atual.
Caso queira ler essa edição na íntegra…
Para quem é das antigas ou é aluno(a) dos cursos, a imagem de capa é uma referência direta para um dos meus artigos mais lidos. Será que alguém vai pegar a referência?
Na próxima edição eu conto.
1. No dia 9/10 (vulgo segunda que vem), tem alguma chance de você estar em Belo Horizonte?
Pergunto porque vou participar do Plug Social Day, a imersão para Social Medias do Plugcitário, e se vou adorar encontrar você por lá.
Bora? Ainda tá em tempo de se inscrever por aqui.
Caso não consiga participar em BH, recomendo acompanhar o Plug no Instagram e ficar de olho na agenda dessa turnê presencial.
Sempre bom frisar: esse convite não é publi, é recomendação mesmo. Porque o trabalho deles é incrível.
2. Você acompanhou o surto das lives NPC no TikTok?
Depois de várias pessoas fazerem transmissões ao vivo interpretando “personagens não jogáveis” (non-player characters) de videogames, que interagiam com quem assistia às lives e lhes dava presentes com frases repetidas como “obrigado pela rosa”, vi muitos especialistas analisando esse fenômeno.
Mas nada chega perto de um vídeo gravado pelo Felca, YouTuber que aderiu às lives NPC como deboche, ganhou mais de 30 mil reais e doou tudo para instituições de caridade.
Felca gravou um monólogo com quase 50 minutos de duração, que resume de forma genial todo o fenômeno em volta das lives NPC e do TikTok, com um registro de bastidores de sua primeira live NPC ao final.
Vale cada minuto. [Assista aqui]
3. Sabe aqueles posts apocalípticos que sempre anunciam a morte de algo? Todo dia, uma nova moda justifica enterrar a anterior, até que surja a próxima. O email marketing mesmo vem sendo assassinado por esse pessoal há alguns anos, mas continua por aí.
O Tito Singer comprou essa briga, colocou fogo no parquinho e mostrou vários desdobramentos dessa mania apocalíptica. [Leia aqui]
Depois de ler o post do Tito, você vai entender melhor o gif.
Um abraço e até breve,
Eu me identifico total contigo nessa ideia de que quando mais se afasta da criação, menos sentido as coisas fazem, e é super compreensível esse medo ao dar um passo enorme de volta ao começo.
Eu li essa edição com a música I Hope You Change Your Mind de The Chainsmokers na cabeça e não entendi bem o porquê, aí fui pegar a letra e, bem... recomendo que dê uma olhada.
No mais, como já disse outras vezes, sigo contigo nessa ❤️
Essa edição da news tá um misto de emoção e nostalgia 🥲. Fico muito feliz em saber que você conseguiu identificar o que, de fato, te faz feliz. Que sorte a minha fazer parte da sua comunidade e assim seguimos 🙌🏻.