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É assustadora a sinergia que os acontecimentos na minha vida costumam ter com as novas músicas dos meus cantores e bandas favoritos.
No dia 28 de abril, a banda americana Gaslight Anthem lançava a primeira música em mais de 8 anos, Positive Charge — a música que provavelmente será a mais escutada do meu 2023.
Pode me cobrar quando chegar a febre das retrospectivas do Spotify.
Diante da nostalgia e das saudades da banda, era quase um fato que eu escutaria a canção por horas e mais horas. Só não fazia ideia do quanto essa trilha sonora e sua letra marcariam o meu ano.
Logo na abertura, o vocalista Brian Fallon dispara:
“Where did you go? I would say that to myself often. Like I was dressing up, for a coffin to lie down in”
”Para onde você foi? Eu me perguntava isso frequentemente. Como se estivesse me arrumando para deitar em um caixão.”
Eu não iria tão longe assim, mas me fiz perguntas bem parecidas.
2023 tem sido um ano peculiar — com um certo esforço para não decretar o fim do ano em pleno setembro.
Fechei 2022 contando por aqui sobre a coincidência de, a cada novembro, eu ter a sensação de finalizar um ciclo importante para começar outro.
2020 foi meu pedido de demissão e a despedida do CLT para apostar na minha marca pessoal.
Em 2021, veio a mudança para São Paulo.
2022 foi a despedida de São Paulo e a certeza de que transitaria bastante entre BH, SP e Goiânia no ano seguinte.
No fim do ano passado, veio também outra transição importante com o surgimento de novas personalidades: o Dimitri criador passou a conviver ainda mais com o Dimitri mentor, o Dimitri estrategista e o Dimitri empresário.
Há algum tempo, eu li num desses perfis de Instagram de frase de efeito que: se você está em mais de um lugar ao mesmo tempo, você não está em lugar algum.
Não lembro quem compartilhou essa pérola nos stories, mas me acertou em cheio.
Mentalmente, estive entre Belo Horizonte, Goiânia, São Paulo e Austrália — com meu sócio, Erih Carneiro, morando nas terras dos cangurus.
Apostei a maioria das minhas fichas nas personalidades estrategista e empresário, deixei o criador e o escritor em segundo plano, e… posso te falar com sinceridade?
Eu detesto o Dimitri empresário.
Ele não nasceu para isso e, por algum devaneio capitalista, acreditou que poderia roubar a cena.
Entre mudanças psicológicas, geográficas, mentais e de posicionamento, foi angustiante chegar em agosto e ver o quanto o Dimitri escritor e criador foi colocado de castigo.
Esse foi um dos principais motivos de eu ter decidido fazer o aulão do último dia 11 e te falo com a mesma sinceridade que odeio o Dimitri empresário:
Foi a melhor decisão que tomei em todo o ano de 2023.
Não tive o tempo de planejamento e divulgação que gostaria. Foi tudo preparado em tempo recorde e o resultado não poderia ter sido melhor.
Muito mais do que números, as pessoas que consegui reunir ali e o nível de conversa não me deixa qualquer dúvida.
Ter visão de negócio é necessário, mas nem todo criador precisa se tornar empresário.
Dessa vez, a mudança de ciclo não vai esperar o mês de novembro, porque ainda tenho algumas chaves para virar antes de chegarmos lá e temos todo um trimestre pela frente.
Agora, tirei uma semaninha off para esfriar a cabeça e nos falamos em breve.
Nesse exato momento, estou em Curitiba me esforçando para não abrir qualquer computador, turistando nos restaurantes sem glúten e evitando assuntos de trabalho.
Posso te adiantar que, se você acompanha a Escreva sua Marca e leu esta edição aqui, provavelmente vai gostar da mudança.
1. Desde o fim do hiato da banda, o Gaslight Anthem soltou 3 singles desde então: Positive Charge, History Books (com participação do Bruce Springsteen) e Little Fires. As três só aumentaram minhas expectativas pro disco que sai em outubro. [Escute aqui];
2. A Netflix fez uma das melhores adaptações que conheço de anime e lançou uma de suas melhores séries em muito tempo: One Piece. Para quem curte aventura e ação, vale a pena demais. Tô disposto a discutir, inclusive, que a série é melhor que Stranger Things;
3. Guardei esse post da Nathália com carinho para as próximas vezes que precisar de um exemplo de como oferecer e vender seus serviços no LinkedIn sem ser chato ou apelativo;
4. Fiz o mesmo com esse post da Ana Luisa, para exemplificar como comprar brigas e se posicionar, sem disseminar ódio;
PS.: esses dois posts têm algo a mais em comum, mas falamos sobre isso no futuro.
Um abraço e até breve,
Seja muuuito bem-vindo de volta, Dimitri criador 🤩. E que baita honra ser citada na sua news. Gratidão 🙏🏻