Edições anteriores da rebelião acústica:
Despedidas são estranhas. Transições, mais ainda.
Um espaço para respirar
Depois de um belo detox digital para fechar o ano passado, meu primeiro sinal de vida em forma de conteúdo em 2023 precisava ser por aqui.
Antes que você me corrija, talvez não seja exatamente “ser fraco”, mas algo como não ser… forte.
E precisamos voltar um pouquinho para te explicar porque estou abrindo meu 2023 assim.
Se nunca tive uma graduação tradicional em marketing, no dia 8 de janeiro, completei exatos 5 anos do dia que tive “Analista de Marketing” carimbado na minha carteira de trabalho.
Já se foram 5 anos desde a primeira fiz que entrei nos escritórios da Rock Content e comecei a trabalhar — e respirar — escrita, marketing de conteúdo e comunicação.
Pode trazer a beca ou não pode?
Por mais que seja uma data bem simbólica, também representa um peso que sempre carreguei — na maior parte do tempo, de forma inconsciente.
Se não tinha uma graduação, precisava fazê-la na marra.
Minha jornada de trabalho não parava nas 8 horas: eu chegava em casa e estudava ainda mais. Uma única função no CLT não me bastava: eu queria abraçar tudo o que conseguisse justamente para ter uma experiência ampla.
Para você ter uma ideia, certa vez, recebi um prêmio no melhor estilo “funcionário do mês” e uma bonificação de R$ 1.000 por algo novo que criei no trabalho e facilitou demais a vida do pessoal por lá.
Se fosse arriscar, o que você diria que era?
Nada relacionado a LinkedIn. Nem escrita. Nem Storytelling. Nem criação de conteúdo.
Foi uma ferramenta automática para levantar as principais métricas dos blogs e sites, que eram catalogadas manualmente pelos analistas antes. Um processo manual que tomava cerca de 20 minutos passou a ser feito com um clique.
Um misto de análise de métricas com matemática e planilhas que me levou a ter uma reunião com o CEO da Rock Content na época.
E essa vontade de concluir uma graduação prática me acompanhou além do CLT também — com um desejo um pouco megalomaníaco de conseguir desempenhar todos os trabalhos possíveis de um departamento de marketing sozinho.
Isso inclui a estratégia, o processo criativo, a escrita, o design (até mesmo motion design), gravação e edição de vídeos, criação de sites, social media, copywriting, email marketing, tráfego pago e provavelmente algumas coisas que não lembrei de cabeça agora.
O resultado?
Em 2022, cheguei a rodar algumas campanhas envolvendo cada uma dessas etapas 100% por minha conta.
E hoje, tenho uma visão do todo que jamais imaginaria possível no dia 8 de janeiro de 2018.
Mas esse é o lado bonito da moeda.
Nesses 5 anos, colecionei burnouts e também ganhei duas companheiras fiéis: a ansiedade e, mais recentemente, minha terapeuta.
Durante todo esse período, somente tirei férias de verdade em fevereiro de 2019. Em outros momentos, mesmo de férias do CLT, acabava me dedicando ao meu projeto pessoal.
Então, após um final de 2022 insano — que conversamos sobre nesta edição da rebelião acústica —, entrei em 2023 com duas missões principais.
Trabalhar de forma mais inteligente e centralizar menos as coisas.
Para o pessoal mais tradicional, com uma mentalidade antiga, soaria como se eu “não desse conta”. Mas é justamente o oposto: quero dar conta de mais.
Depois da terapia, o primeiro passo foi entrar para uma mentoria (contei mais sobre isso no meu perfil no Instagram no começo da semana) e vem novos passos em breve.
Depois de um belo detox digital para fechar o ano passado, 2023 começou com tudo por aqui.
Que seja um ano de muitas realizações, tranquilidade e saúde para todos nós.
Vamos juntos, que 2023 vai ser foda. 🤘
Uma minissérie que entrou para as minhas preferidas
11.22.63 é um péssimo nome de série para se introduzir numa conversa, mas garanto que a trama vai compensar.
O título é o formato americano da data que o presidente americano John F. Kennedy foi assassinado e a sinopse da série é simples: depois de descobrir uma forma de voltar no passado, precisamente no ano de 1960, o personagem de James Franco decide passar alguns anos por lá para impedir o assassinato de JFK.
Apesar de parecer uma ficção científica, rapidamente se torna uma minissérie de época e a ideia de salvar o Kennedy se torna apenas pretexto para algo muito melhor.
Lançada em 2016, somente descobri a série por agora e, se você ainda não conhece, pode pesquisar por ela no Prime Video. Me agradeça depois.
Uma recomendação musical para começar 2023
Black Holes, da banda The Blue Stones, foi uma grata surpresa que o Spotify me apresentou em 2018.
Acabei resgatando esses dias e o álbum tem me acompanhado por vários lugares diferentes: trânsito, academia e também na escrita dessa mensagem.
Minhas favoritas são Black Holes (Solid Ground), The Hard Part e Rolling with the Punches.
Um abraço e até breve,
Boa, Dimi! "Não querer ser forte" me lembrou a letra de O Vencedor dos Los Hermanos, dá uma lida depois :)
Seja muito bem-vindo ao fantástico mundo da terapia 🤍