Esta newsletter não poderia começar de outra forma e faço questão de reforçar as boas-vindas aos alunos e alunas da 12ª turma do curso de Escrita Criativa e Storytelling.
Muito obrigado mesmo pela confiança no meu trabalho e vocês podem ter certeza que vou continuar me dedicando para entregar, sempre, a melhor experiência de aprendizado possível.
Então, para qualquer dúvida que surgir, podem contar comigo desde agora.
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Agora, vamos ao tema principal da edição de hoje.
⚠️ Apesar de falar de alguns filmes, esta newsletter não contém nenhum spoiler.
A superação de um grande trauma cinéfilo (e musical) pessoal
Obrigado, Elvis.
Apaixonado pela música e pelo cinema, filmes sobre bandas e cantores sempre me chamaram muito a atenção.
Isso acontece desde Johnny e June, lançado em 2005, quando tinha 13 anos e me tornei fã do Johnny Cash graças ao cinema.
Até que eu vi Bohemian Rhapsody, em 2018.
Confesso que até hoje fico curioso para entender o sucesso que esse filme teve. A curiosidade só não é tão grande para me convencer a revê-lo.
Algumas edições atrás, comentei por aqui sobre como o hype e os criadores de conteúdo conseguem estragar filmes hoje em dia.
Não foi o caso.
Esperava uma adaptação grandiosa da história de uma das maiores bandas de todos os tempos e de um dos maiores frontmans que o Rock já viu.
Encontrei uma versão caricata, com várias fábulas e com uma única preocupação: ligar os pontos para passar pelos principais hits da banda, fechando com o auge do filme — a reencenação do show do Queen no Live Aid.
Lembra da clássica frase do Chaves dizendo que “teria sido melhor ver o filme do Pelé”? Aqui, teria sido bem melhor procurar logo pelo Live Aid na íntegra no YouTube.
E só para não precisar entrar em mais detalhes, vou fechar com esse gif da cena em que Freddie Mercury ““começava a compor Bohemian Rhapsody”” — com várias aspas mesmo — a faixa que deu nome ao filme, enquanto estava de cabeça para baixo apertando teclas.
Depois disso, me faltou coragem e vontade para ver Rocket Man.
E precisei ser convencido por algumas pessoas para ver o recém-lançado, Elvis.
Depois de escutar algumas vezes que, dessa vez, o protagonista cantava de verdade e que não encontraria uma versão caricata exagerada de Elvis, precisei de mais um argumento para me convencer.
Foi quando duas pessoas comentaram comigo que Sister Rosetta Tharpe participava do filme que decidi ir aos cinemas.
(Se você não sabe quem é Sister Rosetta, escrevi um artigo sobre a história dela em 2019 e te adianto um spoiler: se o Elvis é o rei do Rock, ela é a mãe.)
Ainda bem que me convenceram.
Em vez de histórias fabricadas para conectar um hit ao próximo, em Elvis, as músicas são trabalhadas de uma forma sensacional para contar melhor a história — desde os primeiros segundos de filme (e até mesmo do trailer).
Quando um trecho de Suspicious Minds traz um clima de suspense bem forte e dá uma leve pista do que veremos no filme.
Então, na cena em que esse mesmo trecho é resgatado, o clima de tensão fica ainda mais forte.
É verdade que Elvis também não é 100% verídico, mas aí entra uma diferença crucial para Bohemian Rhapsody.
No filme do Queen, várias alterações acontecem para enaltecer ou preservar os integrantes da banda. Enquanto, em Elvis, essas alterações acontecem para construir melhor a experiência e a narrativa do filme.
Pra fechar, uma escolha bem intrigante e bem acertada: o agente de Elvis, vivido por Tom Hanks, como narrador de todo o filme.
Desde o começo, temos a sensação que a pessoa que está nos contando aquela história pode não ser tão confiável assim e isso ainda permite alguns saltos temporais para não precisarmos reviver cada instante da vida do cantor.
E um detalhe extra: se Forrest Gump ensinou Elvis a dançar, nada mais justo que ele vivesse seu agente.
Se Bohemian Rhapsody me fez criar uma certa preguiça de uma banda que eu admirava muito, Elvis me fez admirar ainda mais um artista que eu não havia aprendido a gostar tanto assim.
Agora, topo até me arriscar com Rocket Man.
Obrigado, Elvis.
Um olhar diferente do futebol (e muito mais)
Nos armários dos vestiários é um trabalho num formato bem próximo a uma investigação jornalística sobre a homofobia no futebol, que ainda é um dos ambientes que mais perpetuam preconceitos e pensamentos que não deveriam caber mais em nossas vidas.
Com 10 episódios, os jornalistas Joanna de Assis e William de Lucca passam por vários aspectos e pontos diferentes, desde jogadores profissionais, arbitragem e as categorias de base.
Vale muito a pena ouvir para enxergar o futebol por uma realidade diferente e que não costuma chegar até a mídia.
Uma publi que deu errado?
No início dessa semana, provavelmente, você viu uma chuva de posts celebrando a vitória da Anitta no VMA por aí, não foi?
Agora, teve outra performance nesse mesmo evento que não vi praticamente niguém falar sobre — talvez, com razão.
Acontece que era o show que eu mais queria conferir dessa edição e foi uma decepção gigantesca: Eminem e Snoop Dogg, juntos no palco, para apresentar ao vivo a música que lançaram esse ano, From the D 2 the LBC.
A primeira performance ao vivo da primeira parceria de dois dos maiores nomes do rap vivos.
E como foi o show?
Uma grande propaganda do Metaverso e dos Bored Apes — aquelas imagens de macacos vendidas a preços absurdos via NFTs.
A sensação foi de ver uma parceria paga em que a marca decide se intrometer mais do que deveria no trabalho do criador.
Se quiser conferir, esse é o link.
Uma agulha no palheiro especial para quem está em transição de carreira
A Grazi Gomes é uma das criadoras de conteúdo no LinkedIn que mais tenho gostado de acompanhar recentemente.
Ela fala bastante sobre inovação e tem o objetivo principal de descomplicar o startupês.
Pois agora, ela decidiu também descomplicar a transição de carreira para quem está vivendo esse momento e abriu um espaço em sua agenda.
Serão 2 horas de consultoria gratuita para uma pessoa que interagir com ela pelo post ou via mensagem.
Se você quiser se candidatar, pode ir sem medo de ser feliz :)
E também recomendo conferir os outros conteúdos da Grazi lá no LinkedIn!
Como assim “uma agulha no palheiro”?
É bem comum vermos criadores de conteúdo reclamando do alcance e da qualidade dos conteúdos do LinkedIn. Tanto que, ironicamente, reclamar do LinkedIn se tornou um nicho bem popular por lá. Então, trago essa seção sempre que possível, para compartilhar um conteúdo que seja uma verdadeira agulha no palheiro.
Um abraço e até breve,
Grande Dimi! Feliz por ter gostado do "Elvis"! Compartilho da sua percepção sobre "Bohemian Rhapsody". Diria que "Rocket Man", como filme, é melhor. Entretanto, "Elvis" é filmão!!! 🤗
fiquei com vontade de ver Elvis, obrigada pela partilha! e, simmm, assista Rocket Man, quando puder, o filme é mto maravilhoso <3