Edições anteriores da Escreva sua Marca:
A tão sonhada (e maldita) Chancela de Escritor
O jeito mais fácil de construir credibilidade e autoridade
Esse é um fenômeno tão comum no marketing que, talvez, fábula não faça jus.
Mas bem que eu gostaria que fosse apenas uma fábula.
No meio da multidão, uma pessoa procura uma forma de se diferenciar e ser vista.
Nem sempre é tarefa simples, a concorrência é grande e pode ser difícil chamar a atenção para o que tem a dizer quando todo mundo parece ter falado sobre tudo.
Então, ela encontra um caminho alternativo, um atalho, para ser vista a qualquer custo. Nessa hora,
vale tudo.
Vale treta.
Vale polêmica.
Vale comprar seguidor.
Vale subir na montanha.
Vale usar perfis falsos para compartilhar suas mensagens.
Vale qualquer hack ou artifício que, de alguma forma, ajude a chamar a atenção.
Então, ela conquista o que tanto desejava: chegou até o palco, todos os holofotes estão virados para ela, o microfone está à sua disposição e uma multidão parece aguardar o que tem a dizer.
— Não subirás por aquela escada — ela anuncia, em tom de mandamento mesmo.
Nesse momento, o discurso de distancia da prática e a escada que a trouxe até ali se torna um caminho proibido.
— Não cometa os mesmos erros que eu.
Mas foram aqueles erros que a colocaram no palco.
Depois de atear fogo e destruir os degraus que facilitaram sua subida ao palco, o discurso muda e tudo pode parecer bonito sob as luzes dos holofotes.
Tá cheio de discurso lindo.
Mas olhe de perto. As ferpas na roupa e as barras da calça chamuscadas não mentem.
Tá cheio de discurso lindo que não se sustenta na prática.
Em vez de dar ouvido ao que as pessoas dizem, sempre fique atento ao que elas fazem.
Aceita um spoiler?
Não anunciei isso oficialmente (ainda), mas faz um tempo que estou produzindo uma espécie de ebook manifesto.
Defini vários temas espinhosos que gostaria de discutir no universo da criação de conteúdo, escrita e mercado digital como um todo, e passei a escrever sobre um a um.
Sem pressa e sem tanta autocobrança, porque sei bem que precisava evoluir minha opinião sobre vários desses temas.
O primeiro deles nasceu em 2020, vários foram compartilhados nessa newsletter e, agora, acredito que faltam mais dois. Dois dos mais espinhosos, inclusive.
Mas senti falta de algo que dissesse “pratique o que você ensina” de uma forma menos direta, então resgatei esse carrossel aqui, trouxe para o formato de texto corrido e aproveitei a deixa para recriar as imagens.
Um devaneio dentro do devaneio: o carrossel original foi um dos meus primeiros experimentos com imagens criadas por Inteligência Artificial: foi criado em abril e, após alguns meses na gaveta, foi publicado em agosto. Assusta um pouquinho ver a evolução das imagens em tão pouco tempo.
1. Quando vejo uma pessoa muito apaixonada pela língua portuguesa e pela gramática, sempre me pergunto como isso é possível.
Eu até me viro bem e lembro uma coisinha ou outra que a maioria das pessoas não guardou dos anos de colégio. Mas jamais gostei muito do trabalho de classificar orações como subordinadas subjetivas.
A Nathália Galvão é uma dessas pessoas que me deixa intrigado e, na última edição de sua newsletter,
, ela respondeu minha pergunta.Como alguém pode se apaixonar pela língua portuguesa e pela gramática?
2. Em vez de um achado, um teste.
Algo me diz que essa é a seção preferida da maioria dos leitores. Já teve aconteceu mais de uma vez de não incluir as recomendações por aqui e ser cobrado por isso.
Então, quero jogar uma pergunta para vocês que pretendo responder em breve.
💬 Qual a sua relação sobre o conteúdo sobre conteúdo? Quando uma pessoa se torna especialista em ser especialista em algo, sabe?
Tem o clássico caso da pessoa especialista em crescer no Instagram produzindo reels, que cresceu no Instagram produzindo reels sobre crescer com reels.
O curioso curso sobre vender curso.
E um exemplo próximo de mim é quando passo a escrever sobre escrita, ou crio no LinkedIn para te ensinar a criar no LinkedIn — faz parte do pacote, mas me esforço para não ficar preso nisso.
Alunos do Escrita Criativa & Storytelling sabem minha opinião, mas também quero saber a sua.
É sempre válido? Existe algum limite? Me conta nos comentários? 💬
É pro meu… digamos, TCC.
3. O Homem do Tempo e um mundo sem chuva. Ando bem fascinado com essa ideia que saiu da música The Weatherman, do Gaslight Anthem.
Essa música fala sobre as pessoas que você ama na sua vida e como gostaria de poder controlar todas as situações pelas quais elas passam, evitando que algo ruim aconteça.
Você se sente basicamente como um Homem do Tempo, porque ele acaba errando boa parte das vezes. E segue observando o céu, tentando prever uma vida sem chuva.
🎵 “And she dreams of a life without rain
But that's something more than my two hands can bring
I am a weatherman stationed in vain, trying to please you”🇧🇷 E ela sonha com uma vida sem chuva
Mas isso é algo que minhas duas mãos não podem proporcionar
Sou um homem do tempo estacionado em vão, tentando agradar você
Um abraço e até breve,
Fui ouvir The Weatherman de tanto que tu fala dessa banda e: essa música seria facilmente trilha sonora de animação da Disney durante a aproximação da caverna profunda na jornada do herói. Juro que essa constatação é mais positiva do que parece (adorei a música) 🦄
Bem que o texto estava me parecendo familiar rsrs Mas adorei ler de novo aqui! E, quando penso em alguém que pratica o que diz, sempre lembro de você, porque te observo realmente praticando as dicas que dá em suas publicações e cursos.
Muito obrigada por divulgar minha newsletter 😍
Sobre a criação de conteúdo sobre criar conteúdo: ainda bem que existem pessoas, como você e outras, fazendo isso tão bem! Mas confesso que a obrigatoriedade de fazer isso às vezes me cansa, justamente por já ter tanta gente fazendo rsrs. E, com certeza, não vale a pena focar apenas nesses conteúdos educativos - além da concorrência gigantesca, você vai cansar as pessoas rapidamente. Tirei 10?