A pior coisa que pode acontecer com um criador de conteúdo (e como evitá-la)
Ao som de É o Tchan e João Gordo
Edições anteriores da Escreva sua Marca:
Chá de sumiço
Tendinite, coincidências, o dia que vi Barbie e Season Finale
Essa é uma edição que vai dividir gerações e entregar idades.
Nos anos 90, É o Tchan dominou o cenário musical brasileiro com hits como “Pega no bumbum”, “Na boquinha da garrafa”, “A nova loira do Tchan”, “Pau que nasce torto” e dominou também a TV brasileira.
Se você precisar de uma referência do quanto os anos 90 passavam dos limites, as coreografias do grupo em plena TV aberta e horários para toda a família ver são um ótimo ponto de partida.
Porém, algo que aconteceu com o grupo baiano que nem sempre é tão lembrado: seu nome original era Gera Samba.
Apesar de terem registrado diferentes variações do nome na Junta Comercial da Bahia, não haviam feito o registro no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
Então, um grupo carioca, que detinha registro do nome, ganhou na justiça o direito de uso exclusivo do nome e forçou a banda baiana a assumir seu nome icônico.
Hoje, a história da banda fala muito mais alto e isso parece um problema irrelevante, mas imagina quando havia acabado de estourar.
Da noite para o dia, o nome que sempre haviam usado e havia se tornado marca da banda se tornou proibido.
Algo parecido aconteceu com João Gordo e, talvez, tenha sido até pior.
Desde 2014, João Gordo comandava um programa no YouTube com o nome de Panelaço, onde cozinhava e conversava com convidados como Mano Brown e Andreas Kisser.
Até que, no fim de 2023, o canal GNT, da Globo, decidiu lançar uma atração com o mesmo nome e a mesma proposta, apresentada por Ana Clara Lima, e João Gordo acabou proibido de usar o nome do seu programa.
No caso do É o Tchan, o registro de Gera Samba era anterior ao grupo e uma consulta para registrar no INPI teria mostrado isso.
Para o João Gordo, foi ainda mais delicado.
Acontece que os dois programas têm registros oficiais, mas sob categorias diferentes no INPI e, no fim das contas, a opção que restou para João Gordo foi acusar Ana Clara, GNT e Globo de “furto intelectual”:
“Oi Ana Clara, nada contra você, sou até seu fã, mas… Você não se ligou que já tinha um programa consolidado na internet com esse mesmo nome e temática? Pouca criatividade sua produção… Se fosse eu, jamais permitiria esse furto intelectual na cara dura, sem pudor algum. Ou estou errado porque sou um zé ninguém, gordo, boca suja, comunista, que ninguém liga?”
Essa é, de longe, uma das piores coisas que podem acontecer com um criador de conteúdo.
Já pensou se você fica legalmente proibido de usar seu nome?
Após anos trabalhando, criando conteúdo, fortalecendo sua marca e se tornando familiar para a sua comunidade… de repente, alguém registra exatamente o seu nome ou o do seu projeto.
E aí, o que acontece com todos os seus esforços dos últimos anos?
Sem falar no risco de ficar sujeito a pagar alguma multa.
Já passei bem perto de ver isso acontecendo comigo.
Se você consultar, verá um registro de “Dimitri”, do Boticário, por causa desse perfume:
Então, fiquei a uma “Vieira” de perder meu nome para o Boticário?
Mas passei perto mesmo foi de perder o nome da minha marca alguns meses atrás.
Minha empresa hoje é “Escreva sua Marca ltda.” e, no ano passado, teve uma imersão que usou um nome muito, mas MUITO próximo disso.
Se a organizadora da imersão usasse o mesmo nome e decidisse registrar no INPI, eu não poderia fazer nada.
Por mais que eu acusasse plágio ou “furto intelectual”, seria obrigado a criar um novo nome, fazer alterações no CNPJ e não poderia usar mais o nome que se tornou marca oficial na minha newsletter.
Faz um bom tempo que sei que preciso fazer esses registros no INPI, mas sempre adiava porque tenho trauma de burocracia.
Era só ver os papéis que precisaria preencher e como o processo funcionava, que adiava fazer isso por mais alguns meses.
Depois dessa imersão quase tomar meu nome, procurei o pessoal da Erkon Marcas e eles resolveram tudo para mim.
Sem burocracia, sem dor de cabeça e sem o medo de perder meu nome agora.
Você tem um projeto online e ainda não registrou?
Não conta demais com a sorte ou com o bom senso de outras pessoas não “roubarem” seu nome.
Vai por mim: registre o quanto antes.
E se você detesta burocracias e quer ter tudo resolvido de forma bem mais fácil, pode chamar o pessoal da Erkon Marcas sem medo de ser feliz.
100% de transparência: esta edição é uma parceria publicitária com a Erkon Marcas e, se você me acompanha há mais tempo, sabe que é raro eu fazer publis assim.
Faço questão de recomendar somente o que acredito que faça sentido para você e, principalmente, serviços e produtos que eu tenha testado.
No caso da Erkon, recomendo demais o trabalho deles de ponta a ponta. Desde o primeiro contato, até as explicações sobre o processo, até o acompanhamento e monitoramento do registro da marca.
1. Informação aleatória: o filme de terror que mais me impactou nos tempos de criança foi “O Grito”. Quando vi pela primeira vez, passei a ter pesadelos com o som de arroto da criança encapetada.
Provavelmente não me traumatizei com “O Chamado”, porque fugi dele por bastante tempo depois de ver “O Grito”.
2. Nesse ano, vi o filme de terror que mais me impactou desde então: “O Mal Que Nos Habita”.
3. Musicalmente, a virada de 2023 para 24 está surreal para mim. No segundo semestre do ano passado, celebrei demais o retorno de uma das minhas bandas favoritas, The Gaslight Anthem, depois de um hiato de 9 anos.
Na última sexta-feira, eles soltaram um novo EP com versões acústicas do álbum e um cover incrível de Ocean Eyes, da Billie Eilish.
4. E na última segunda-feira, outro dos meus artistas preferidos lançou um novo singles, Letters, que vai estar no seu novo álbum, prestes a sair em maio.
Um abraço e até breve,
Aquelas publi que nem parecem publis de tão excelentes...adorei as referências... E registrem os nomes de suas marcas , você pode correr o risco de perder uma vida de trabalho.
Curti bastante o texto Dimitri, e as excelentes indicações de música e filmes, não conhecia e estou adorando!
PS: Talvez vale a observação que a música Na Boquinha da Garrafa é na verdade do grupo Companhia do Pagode, erro muito comum, eu mesmo demorei pra descobrir rsrs