Edições anteriores da rebelião acústica Escreva sua Marca:
Um filme, um livro e um podcast para começar o ano inspirado
O ano que escolhi ser fraco
Nos tempos de faculdade, eu tinha uma espécie de ritual para os dias que precisava dormir duas horas ou menos para estudar para alguma prova.
Não era sempre que precisava disso. Somente nos casos que os professores exigiam que memorizássemos mais do que caberia em nossas cabeças, que também não eram tão raros assim.
Virando a noite, eu chegava com o conteúdo fresco o suficiente para repeti-lo na prova e, horas depois, começava a esquecer. Depois, o ciclo se repetia no próximo exame.
Dormindo pouco, me mantinha acordado e concentrado à base de bastante cafeína e música. Até hoje, tenho um certo trauma de café coado por conta disso.
Se o cheiro de café me embrulha o estômago me lembrando das noites mal dormidas, várias músicas trazem uma sensação nostálgica maravilhosa.
Enquanto saía de casa, sempre apertava o play no mesmo álbum — Sink or Swim, do Gaslight Anthem — por um motivo simples: escutar algo agitado o suficiente para me manter acordado.
Até hoje, quase seis anos após receber meu diploma, a primeira música do disco, Boomboxes and Dictionaries, continua tocando na minha cabeça sempre que tenho a sensação que sou a primeira pessoa do prédio a despertar.
Toda vez que toco o pé na rua perto das 6h da manhã, os mesmos acordes voltam.
E se eu tinha certeza que a escolha era apenas pela melodia, hoje não mais. Olha só as primeiras frases do refrão:
And if you're scared of the future tonight, we'll just take it each hour one at a time.
Se você estiver com medo do futuro hoje à noite, vamos apenas uma hora por vez.
Anos depois, o mesmo efeito com diversas músicas diferentes.
Os alunos mais observadores do curso de LinkedIn para Marcas Pessoais, talvez, tenham notado um fone de ouvido sem fio aparecendo nas últimas aulas do curso.
Exausto com o final das gravações às 2h da manhã, a cada pausa, tirava energia da trilha sonora — bem marcada por Phenomenal, do Eminem.
Quando saio para caminhar numa avenida em Belo Horizonte, também não demora para The Modern Leper, do Frightened Rabbit, surgir na minha cabeça.
E não para por aí.
Porque eu acredito que podemos encontrar uma música para cada vitória, cada derrota e cada momento em nossas vidas.
E adivinha só? Também tem uma música que diz exatamente isso.
Adeus à rebelião acústica
Não sei se você notou, mas o título da newsletter de hoje chegou diferente: “rebelião acústica” deu lugar a “Escreva sua Marca”.
Por mais que eu adore o conceito da rebelião, convenhamos que não é algo tão relacionado aos principais temas que falamos por aqui. Especialmente, não chega nem perto de lembrar Escrita Criativa, Storytelling, LinkedIn ou Marcas Pessoais.
Era o álibi perfeito para eu poder falar à vontade sobre música por aqui, mas não precisamos disso, precisamos?
Rebelião acústica continua sendo o manifesto perfeito sobre o que acredito na escrita e na criação de conteúdo, mas não vai mais batizar a news.
E se você não chegou a ler o manifesto, ou quer entender o motivo desse nome, é só clicar no botão abaixo.
Novidades na área
Tirei boa parte do último domingo para atualizar a home do meu site e também o famoso “link na bio”.
Vou te dizer que estou bem feliz com o resultado, viu? Especialmente da minha página com os principais links. Antes, era uma coletânea de botões empilhados — como a maioria costuma ser.
Agora, foi para outro nível. Com direito a versões diferentes para PC e celular.
Confira o novo “link na bio” aqui e a nova home por aqui.
Inclusive, tem alguns spoilers de novidades que vem por aí em breve espalhadas nessas duas páginas. 🤐
Saíram os indicados ao Oscar!
O filme mais diferente de 2022, Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, lidera com 11 indicações e tem como concorrentes filmes como Os Fabelmans e Os Banshees de Inisherin.
Acho que fazia tempo que eu não gostava tanto de vários filmes na disputa pelo melhor filme.
E o reconhecimento aos Daniels, criadores de Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo, é fantástico por valorizar um trabalho tão diferente do que nos acostumamos a ver por aí.
Apesar de não acreditar que seja o melhor filme na disputa (prefiro Os Fabelmans, do Spielberg), o filme proporciona uma experiência única e bem peculiar.
Assim como Swiss Army Man, também escrito e dirigido pelos Daniels, que se tornou um dos meus filmes preferidos e indiquei na última edição desta newsletter.
Caso Tudo em Todo Lugar leve a estatueta de melhor filme para casa, o Oscar de 2023 já estará muito bem representado na história e espero que essa premiação dê ainda mais projeção ao trabalho dos Daniels.
Se você ainda não assistiu ao filme, procure ver evitando ao máximo spoilers.
E se você já viu, no ano passado, escrevi uma análise e desconstrução narrativa do filme comentando sobre a sua genialidade caótica.
A genialidade caótica de um clássico instantâneo: Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo
A música que inspirou o título da edição de hoje
Poderia recomendar apenas a música, mas melhor aproveitar a viagem com o álbum na íntegra.
American Slang é um álbum bem mais leve que Sink or Swim, que citei antes.
Entre as minhas preferidas estão American Slang, Stay Lucky, Bring it on e Orphans, que inspirou o título da edição de hoje.
Pode apertar o play e deixar rodando no fundo por aí, que vale a pena.
sobre o Oscar: faz tempo que não sinto vontade de assistir aos filmes recém lançados. Acabo preferindo os filmes mais antigos.